Acabar a noite com um copo de vinho e uma conversa com as estrelas escondidas por trás das nuvens. Sei que estão lá, até oiço o que me querem dizer e não quero ouvir.
Bebo mais um golo, quase como trégua nas negociações do que não deve ser dito mas deve ser ouvido, e o que sendo dito nao tem de ser ouvido. O que não gostamos, dito ou não, fingimos fingir nao perceber, num jogo de gato e rato que não saem do sítio.
Calo-me dentro do meu silêncio, sei que me sabem, não vale a pena fingir. Nem fugir do que me sei.
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