Boa noite
Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
26 dezembro 2015
24 dezembro 2015
"do antes e do depois. À busca do que se não acha chama-se esperança. À busca do que se perdeu chama-se falta. Da primeira vive-se. Da segunda não. E é quando esta mudança ocorre em nós que se percebe afinal o que é isso do amor."
O Menino diz que o amor é mais ou menos isto...
Saber ao que sabe isso do amor vale de pouco. Senti-lo num abraço, num toque, num olhar, vale tudo (ou quase...)
Boa noite
23 dezembro 2015
A lua está linda que dói. Às vezes a beleza de algumas coisas é tão grande que dói a pequenez da alma, falta-nos outra, também nossa, para a abarcar toda por dentro e embalar-nos.
E pronto só me apetece mexer para dizer isto...Só tenho pena de aqui me faltar colo, apagar a luz e deixar-me entrar neste luar em que só faz sentido amar, mesmo a quem não se sente amada. Afinal, é tão melhor amar que ser amada. E não percebem isto. A lua, por exemplo, mais do que ser amada, ama. É por isso que brilha assim: sem medo do frio, da distância ou da escuridão. Ama e brilha, porque está sempre a olhar para o Sol e o seu sorriso reflecte-o. Ela ama. E eu gosto dela assim.
Boa noite
21 dezembro 2015
Ahahahah....
...pois, tenho ouvido dizer que o álcool facilita algumas coisas...
Talvez não fique bem é dizê-lo... digo eu, sei lá...
mas a sinceridade é uma coisa muito bonita, também temos de convir...
e essa aparece mais quando o álcool deixa falar (ou escapar),
ou seja, o álcool realça a beleza da sinceridade em detrimento de outras falsas belezas...
Bom Dia!
20 dezembro 2015
Café quente num dia que traz o frio agarrado. Gosto deste mês de Dezembro, este ano gosto mais por ser sinal deste ano estar a acabar, como se um número diferente mudasse alguma coisa... Mas quem muda alguma coisa somos nós, haver um novo ano é só para dar uma sensação de recomeço. Apenas sensação, porque não há recomeços apenas continuações.
Bom dia também para os que não andam com a cabeça na lua...
19 dezembro 2015
... Há quem queira as pernas para correr, ou ir atrás, de alguém, há quem queira as pernas para passear sem destino, há quem as queira para chegar onde pretende... Eu gosto mais delas para abraçar quem eu quero, quem eu quero puxar para mim, a quem quero colar o corpo ao meu, e sentir as almas fugir e fundir, sem espaço entre os dois para razões ou motivos, que não a fome desse nós - esse abraço que nos prende os sentidos no sentir.
Boa noite
18 dezembro 2015
16 dezembro 2015
[foto de Sebastião Salgado]
"Talvez não haja nada melhor que uma gloriosa derrota porque, por muito grandes que sejamos, acabaremos sempre derrotados. Quevedo disse-o: "serei pó, mas pó apaixonado". Becket tinha razão: errar, errar melhor.
Meu Deus ajuda-me a errar melhor. Goethe sustentava que é o não chegar que faz a nossa grandeza. Morrer à vista da Terra Prometida sem conseguir tocar-lhe. Se Deus, como penso, existe de facto, gostaria de acabar assim. Quase lá, a centímetros do que quereria dizer, olhando a areia em que não chego a tocar. Isso me basta: ficar a centímetros da areia em que não chego a tocar, de boca aberta, sem olhos e, no entanto, vendo."
Antonio Lobo Antunes
"sem olhos e, no entanto, vendo" ... o que nos falta, o quão próximos (ou afastados) estamos, sem nunca chegar, como um horizonte que só não se afasta se não nos mexermos.
A grandeza de cada um, parece-me, é o regressarmo-nos sempre, e de lá, desse sítio onde nos (re)encontramos - onde nos reconhecemos, cheiramos e tocamos, onde somos inteiros, de alma, sonhos e ossos, ainda que partidos - voltarmos a levantar o olhar ao horizonte, desejá-lo, querer alcançá-lo de novo, atrevermo-nos a sair novamente de nós, e, pé ante pé, passo após passo, fazermos o caminho, mesmo sabendo que o horizonte sempre nos foge, mas que é o crer em querê-lo que nos faz andar. De quando em quando forçamo-nos (ou forçam-nos) a parar para, depois, continuarmos inteiros e convictos de que o nosso horizonte é o destino para que queremos caminhar. Que é ali que queremos ir, que aquele caminho somos nós. Que aquele horizonte é, mais que tudo, o nosso olhar de olhos fechados.
Errar, errar melhor, errar com paixão. Desfeitos, mas vivos no horizonte onde nos queremos, mesmo sabendo que não o chegaremos a tocar.
O caminho certo é o nosso quase tocar, quase chegar, visto por dentro dos olhos fechados abertos à alma.
Uma gloriosa derrota pode ser a vitória da paixão.
"sem olhos e, no entanto, vendo" ... o que nos falta, o quão próximos (ou afastados) estamos, sem nunca chegar, como um horizonte que só não se afasta se não nos mexermos.
A grandeza de cada um, parece-me, é o regressarmo-nos sempre, e de lá, desse sítio onde nos (re)encontramos - onde nos reconhecemos, cheiramos e tocamos, onde somos inteiros, de alma, sonhos e ossos, ainda que partidos - voltarmos a levantar o olhar ao horizonte, desejá-lo, querer alcançá-lo de novo, atrevermo-nos a sair novamente de nós, e, pé ante pé, passo após passo, fazermos o caminho, mesmo sabendo que o horizonte sempre nos foge, mas que é o crer em querê-lo que nos faz andar. De quando em quando forçamo-nos (ou forçam-nos) a parar para, depois, continuarmos inteiros e convictos de que o nosso horizonte é o destino para que queremos caminhar. Que é ali que queremos ir, que aquele caminho somos nós. Que aquele horizonte é, mais que tudo, o nosso olhar de olhos fechados.
Errar, errar melhor, errar com paixão. Desfeitos, mas vivos no horizonte onde nos queremos, mesmo sabendo que não o chegaremos a tocar.
O caminho certo é o nosso quase tocar, quase chegar, visto por dentro dos olhos fechados abertos à alma.
Uma gloriosa derrota pode ser a vitória da paixão.
14 dezembro 2015
Camas que se desfazem toda a noite
Chão do amor que se fez
Que se desfez em sons, em cheiros,
em toques que desfazem a pele
e mancham o tempo de prazer.
em toques que desfazem a pele
e mancham o tempo de prazer.
Bocas de comer beijos que querem engolir almas
Camas desfeitas o dia inteiro
Com chilreio de beijos e gargalhadas tontas de paixão
O veneno da memória
que adoece os dias e corre nas veias
que adoece os dias e corre nas veias
Indo e vindo do coração.
Um folhado e um sumo, com esta vista quente que não queima, uma música que queima coisas por viver ao som da Garota de Ipanema, e a chuva do outro lado do vidro, à minha frente, sinto-a sem que me molhe mas me encha de conforto bom.
Engolir qualquer coisa rápida e depois tudo isto travar o tempo, alongá-lo, dar-lhe tempo... Tudo o que é impossível.
Bom dia
13 dezembro 2015
... Substituam-se as caminhadas pelo olhar para a lareira e hoje é o programa perfeito...
Finalmente Dezembro a assumir o nome de família, as raízes, a essência do cheiro a lareiras no ar, ao nariz frio debaixo dos agasalhos que aconchegam, das mantas dos dias lentos, da vontade de casa e sofá e mimo e preguiça que se estica e estende pelo dia acompanhada com chá ou café... E um amor puro, doce, quente. Dos que aquecem os invernos e despem os verões.
Bom Dia
12 dezembro 2015
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