Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

27 junho 2013

E com o dia a acabar, resto eu, resto-me eu, e não resta nada. Ou não vejo o que possa restar. Fico-me aqui a pensar em tudo, o que queria, o que gostava, o que nao queria ter de lidar, ao que não consigo escapar e me escapa. Não sei o que dizem os meus olhos, mas acho que deixaram de saber lê-los, de saber ver neles o que eles sempre disseram e dizem, mesmo que debaixo de tanta mágoa, preocupação, e vida embrulhada em nós vários. Aqui onde olho para o lado e ainda te sinto, ainda te vejo, te oiço, te cheiro quase, quase tudo pareceria mais fácil se um dos nós se tivesse desembrulhado e fossemos nós aqui juntos, e eu não estivesse a escrever isto, e tu me estivesses a ler nos olhos o que sempre disseram e dizem e já não lês. Nós, que queria e precisava. Não tenho. Então escrevo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite ev@

Eva disse...

Nao, não está a ser, nao.
Boa noite