Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

18 julho 2014

Uma cama que não nos quer, que nos devolve a um sofá conhecido vizinho duma janela por onde entram os candeeiros da rua que fica lá fora. Uma loira numa janela, carros que passam e eu que aqui fico atrás de um cigarro a pensar-me para quê. As sombras na parede, quadrados de luz numa parede vazia. Um sofá vazio cheio de almofadas. Lugares vazios onde só se ocupava um lugar e não era falta de espaço, era espaço a mais entre vontades que se tocavam. Que se tocaram já não sei em que tempo. Tempo que agora tenho nas mãos vazias. E que não se quer esgotar de me esgotar. 
Boa noite.

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