Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

05 dezembro 2014


"(...)E não são as palavras que apagam as distâncias, e não são as respostas que apagam as perguntas. Gosto do enigma de não saber da infância, do milagre de um beijo. Até o paraíso precisa de morte. Gosto do toque perigoso do teu suor, da respiração de víbora do desejo. A catástrofe é o abraço. E só as catástrofes me fascinam."

António de Deus-Rosto

[...deve ser isso, eu devo ser catastrófica, uma queda para a catástrofe, digamos assim. 
A verdadeira catástrofe, para mim pelo menos, é todos acharem uma catástrofe essa queda, em vez de caírem em mim e eu numa outra catástrofe parecida de alguém. Mas não, eles caem sempre neles, e eu sou obrigada apenas a cair em mim. E uma catástrofe que podia ser uma queda tão boa... uma queda no abraço que se sente casa, no beijo que nos esfuma os dias, no desejo que morde os sorrisos por dentro, no suor de tocar a pele certa. O desejo explodido como uma pequena morte feita paraíso. Uma catástrofe.]

Sem comentários: