Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

05 dezembro 2014

... uma vez disseram-me:
"virar a mesa é muito diferente de virar apenas um guardanapo. 
E o que tu estás a querer é virar a mesa..."
Há uns tempos voltei a falar com ele sobre esta frase, e disse-me que quando mo tinha dito nunca pensou que eu o fizesse realmente, que o conseguisse, fizesse e assumisse.
Fiz, virei a mesa. 
Virei a vida do avesso. 
Ouvi os conselhos sensatos dos outros e  optei  pelos meus conselhos, ainda que pouco sensatos, de mesas viradas e vidas do avesso e corações de pernas para o ar.
Fiz, fiz o que sentia, e gosto muito da mesa virada e o avesso é talvez o meu direito,
 e o direito de o ser. Permiti-me, não fugir dos conselhos sensatos, não, não foi isso, foi apenas seguir-me, seguir o que sentia, ser eu. Onde estava não era mais eu, não me sentia mais eu.
 Arrisquei a felicidade, não a ganhei, 
mas o que perdi também não foi felicidade. 
E ganhei-me, ainda que para me perder, mas ganhei-me.  Inteira.
Às vezes temos de nos encontrar perdidos para nos descobrirmos inteiros e autênticos.
Vale a pena. Ainda assim, vale a pena tentarmos viver como somos, tentar agarrar a felicidade que nos faz felizes.
E enquanto for assim ainda estamos vivos e acreditamos que podemos viver melhor. E vivemos esse sonho, de arriscar realidades.

Bom Dia

2 comentários:

Arakné disse...

Fiz isso.

Eva disse...

Correndo melhor ou pior quem arrisca acredita em alguma coisa, está vivo. Só por isso ache que vale a pena. A alternativa é muito triste, ainda que possa ser cómoda...