E quando nos beijávamos......
E eu perdia a respiração e, entre suspiros, perguntava: Em que dia nasceste? E me respondias com voz trémula:
Estou nascendo agora...
Mia Couto
[...e agora morrendo por cada um que demos, e não tenho, e me falta. Tanto ainda.]
4 comentários:
Para se morrer por cada beijo...
Que se viva por casa suspiro que se dá...
Equação simples...
Será simples? não me parece.
e talvez faltem os suspiros para equilibrar cada beijo por que se morre.
Bem se faltam... isso resolve-se bem...
Dá uma biqueirada no marasmo...
Não me parece que se resolva bem ou facilmente, porque essa teoria da biqueirada muitas vezes sacode-te o marasmo da vida, mas enfia-te numa tempestade. Aquelas tempestades onde perdes o norte, onde não sabes para onde queres ir, só queres é fugir de alguma coisa, sair, mudar de lugar. Passar por cima do que não queres ver, nem saber. Não resolve nada e complicas tudo. As coisas têm o seu tempo e ritmo para acontecerem, para umas deixarem de fazer falta e outras nascerem entre suspiros. Qualquer outra coisa não resolve nada. É um placebo fajuto. É um beijo que foi entregue mas nunca foi dado.
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