Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

07 novembro 2013


Have a nice day...
Vim com a cabeça cheia de coisas, tanta coisa para dizer, tantas perguntas sem resposta, tanta vida por viver, tanta tristeza por purgar... mas não me apetece, estou farta de me explicar, e explicar como vejo as coisas, como elas não deveriam ser. Estou cansada de me magoar, de tentar desfiar a mágoa para a fazer desaparecer, e de tentar explicar o que me magoa e porquê, como se isso servisse de alguma coisa, como se isso importasse a alguém, como se isso fizesse com que evitassem magoar-me. Não, nada. Mas não obrigo ninguém a nada, por princípio, e depois até por hábito. Não acho que alguém fazer o que eu gostaria que fizesse porque eu obrigo, ou porque o faço sentir-se obrigado a isso, valha de alguma coisa, tenha em si alguma valor que me acalente, não me agrada, não me satisfaz: ou se faz o que se faz por vontade, ou então sou eu que fico sem vontade alguma de trazer alguém atrás obrigado... não, obrigado, não me serve. 
Deixo que decidam, que tomem as suas opções, que tenham as atitudes que em entendem em consciência dever ter, mas depois terão de perceber que se magoam os outros - ainda para mais conscientemente-, há que assumir as consequências e a mudança eventual das atitudes dos outros. É a vida, desejo-lhes a todos um óptimo dia e melhores noites, passadas e futuras... mas francamente, às vezes só me apetece mandar tudo e todos.... para bem longe...para não dizer outra coisa...

06 novembro 2013

Boa Noite

Quero pirar-me desta vida, correr para outra, parar, gostar e ficar.
E quero ir de descapotável. Mesmo se chover. Quero o sol e quero a chuva.
E quero rir com gargalhadas genuínas, e chorar quando me doer forte. 
Quero que o meu olhar dispute com o meu falar quem mais diz do que sinto.
 Quero ser eu, quero uma vida em que eu consiga ser eu, e possa ser eu.
 Quero a minha vida. Não quero a minha vida de volta, quero a vida que encontrei em mim, novinha em folha, mas quero vivê-la à vontade e com vontade, com um sorriso nos olhos e uma mão na minha,
 feita de olhares cúmplices, beijos, ternuras, brincadeiras, conversas, paixão e um caminho todo para percorrer lado a lado.
Apetece-me ligar o carro e arrancar uma vida nova.

Bom Dia

05 novembro 2013

Boa Noite

AHAHAHAHAHHAH
Ainda está quentinho!!!...

... Mas não para ti, que não me sais da cabeça, tu veste-te que ainda te constipas!!!!
ahahahhah muito, muito boa!!



...que meninos tão prestáveis!!!
Que cavalheiros!!!
ehehhehe
há coisas que não mudam...
(e ainda bem!!)

Bom Dia!!

04 novembro 2013

...ahhhhhhhh....
já se comia, já!!!
... e massa e tudo.... ui ui que bom!!

..eu devo ser mesmo estranha.
Há dias em que este vestido é a minha cara (sem o cinto, ou fita, ou lá o que é...)
...há outros em que não.
Em que não chega nem perto...
Como é que eu consigo ser tantas pessoas sem nunca deixar de ser ninguém?
nunca chegar a ser gente para algumas pessoas?


tu boca que es tuya y mía
tu boca no se equivoca
te quiero porque tu boca
sabe gritar rebeldía
si te quiero es porque sos
mi amor mi cómplice y todo
y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos


Mario Benedetti
"Talvez também lhe houvesse entrado na cabeça pela primeira vez que a posse não significa nada quando não nos podemos entregar."

Henry Miller, in Sexus

01 novembro 2013


descalço-me de sombras para chegar a ti
as linhas do meu rosto são claríssimas
nelas não vês o velho, a criança, o adulto
vês apenas o traço comum
que é onde eu procuro a tua mão
na transparência da minha palavra inteira.

Vasco Gato


Boa Noite

- Está a falar a sério? – perguntou-lhe.
– Desde que nasci – disse Florentino Ariza – não disse uma única coisa que não fosse a sério.
O comandante olhou Fermina Daza e viu em suas pestanas os primeiros pingos de um orvalho de inverno. Depois olhou para Florentino Ariza, o seu domínio invencível, o seu amor impávido, e se assustou pela suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, que não tem limites.
– E até quando acredita o senhor que podemos continuar nesse ir e vir do caralho? – perguntou-lhe.
Florentino Ariza tinha a resposta preparada havia cinquenta e três anos, sete meses e onze dias com todas as suas noites.
– Toda a vida – disse.

Gabriel Garcia Márquez
in «O Amor Nos Tempos de Cólera»


[as últimas linhas do livro. li-o num ápice. 
não há amores assim; e se não for assim, não é amor. ambivalências. ]
...Às vezes sinto que o meu dia começa assim: 
com um café tomado sobre os escombros duma guerra, 
mas esta não mundial 
(como esta foto tirada nos escombros dos bombardeamentos em Inglaterra na IIGM),
apenas minha, interna, que só eu sei, vejo, e sinto.
Mas se os outros vissem, acho que seria isto que viam e sentiam.
Não é bonito 
(...até porque não me favorece o lenço na cabeça...)

Bom Dia

31 outubro 2013

Os beijos falam como se tivessem boca, como se tivessem língua.
Têm idioma próprio. E entendem-se no silêncio.
A falta deles também fala, e nem sempre no silêncio. 
Às vezes a falta deles fala aos gritos, num idioma que eles não falam.
Lembro-me de há muito tempo, nem sei quanto, surgir aqui um comentário que dizia:
 "sabe há quanto tempo não beijo?"
às vezes as pessoas esquecem os gritos quando estão em silêncio, 
esquecem-se como ferem, e como há idiomas que nos faltam, 
e como às vezes, mesmo sem querermos, falam por nós o que tentamos esconder.

Boa Noite

Boa Noite

30 outubro 2013

Não sei porque tanta gente pensa que aguento, que sou forte, que não preciso de ninguém, de nada, que nunca me sinto perdida. Não parecem ver que tantas vezes me falta o chão debaixo dos pés, só porque pareço pisá-lo com tanta convicção. Parece que os outros precisam mais, porque não sabem fazer isto aquilo ou aqueloutro, coisas que se aprendem, coisas mais simples (ou menos), que se têm de aprender a fazer quando não temos quem as faça por nós. Esses são os coitadinhos, têm de ser amparados e ajudados, tudo se desmorona se lhes falta quem lhes faça o que poderiam bem fazer. Eu posso com tudo, pensam. Não posso. Não sei nada tantas vezes, e nas outras tenho tanto medo... mas sei que a algum momento tenho de ir, tenho de dar de caras com esse medo, tenho de o derrubar, ou ele derrubar-me-á. E preciso, preciso tanto, de saber que tenho para onde voltar qualquer que seja o resultado: completamente derrotada e esgotada, ou nem tanto. Preciso de saber, que independentemente de tudo, tenho sempre quem me ampare a alma quando fiz o que tinha de fazer, mesmo que não tenha sido o mais bem feito, mesmo que o resultado não seja o melhor, ou que seja ainda melhor do que eu poderia temer. Preciso que me gostem para além das coisas, dos feitos e dos desfeitos, preciso que me tenham por dentro e que nada entre aí, nada profane esse colo. Que seja um lugar protegido do mundo, onde posso aninhar-me quando o mundo me cansa, me faz cair, ou até se me surpreende alegremente. 
Preciso que me tenham por dentro, sempre e de qualquer maneira. 
Preciso desse dentro para voltar ao que sou, mesmo que sinta que não sou nada, e principalmente, nada do que queria ser. E isso não se aprende a fazer sozinha ou simplesmente, não tem instruções, nem ninguém ensina. Os fortes são aqueles não precisam de se sentir por dentro de ninguém, por estarem tão por dentro e cheios de si mesmos, tão auto-suficientes de si, tanto, que não precisam de sair de si para aprender o que os outros têm de fazer por eles.

29 outubro 2013


(...)
A nudez corria-lhes pelas mãos
e chegava aonde tudo é branco e firme.
Aquele fogo de carne
era a carne do amor,
era o fogo do amor,
o fogo de arder amando-se e por toda a casa,
contra as paredes, no chão.
Se mais não pressentissem bastaria
aquela linguagem de falar tocando-se
como dormem as aves.
E os olhos gastos
por amor de olhar,
por olhar o amor.
E no chão
contra as paredes se amaram e
pela casa andavam como
se dentro das sementeiras respirassem.
Prisioneiros libertados, um
no outro eram livres
e para a vida e para o amor se beijaram
magoando-se mais, até ficarem magoados.
E uma presença rica,
agora nova e mais serena,
avidamente recebeu a música que atravessou de
um corpo a outro corpo
chegando às mãos
onde toda a nudez é branca e firme.
Com uma carne de fogo,
incarnando o amor,
incarnando o fogo,
contra o chão das paredes se amaram
pressentindo que
andando pela casa bastaria tocarem-se
para ficarem dormindo
como acordam as aves.


Joaquim Pessoa


[o Amor cabe em qualquer lado onde caiba a vontade, o desejo e um beijo.]
Boa Noite

... Que belas mãos!!...
...hummmm... 
...tenho um quarto livre lá em casa...
e é um bom e acolhedor lar... desde que não me chateiem muito...
mas o lixo fica à porta: caixotes, papelões e afins não entram...
ehehehehehhehe



Bom Dia!!
(Fora os óculos de sol, pareço eu quando acordo, 
a olhar-me ao espelho!!!... bahhhh)

27 outubro 2013


Sou um mero espectador da vida, que não tenta explicá-la. Não afirmo nem nego. Há muito que fujo de julgar os homens, e, a cada hora que passa, a vida me parece ou muito complicada e misteriosa ou muito simples e profunda. Não aprendo até morrer - desaprendo até morrer. Não sei nada, não sei nada, e saio deste mundo com a convicção de que não é a razão nem a verdade que nos guiam: só a paixão e a quimera nos levam a resoluções definitivas. 

(...)


Raul Brandão, in "Se Tivesse de Recomeçar a Vida"

Boa Noite
ehehhehe
A paixão é a vida a dar-nos tanga.
O Amor é a vida a deixar-nos de tanga...
e a acharmos que não precisamos de mais nada...

26 outubro 2013


O amor não tem partes. Não negoceia. É um risco. Vale tudo. O amor é obsessivo, tenaz, caprichoso. Arrasa casas, incendeia tudo por onde passa, não mostra qualquer compaixão. Nada perdoa. Não faz concessões. É demente de uma exigência total, monstruosa. O amor é monstruoso. Mostra quem somos frente a frente sem espelhos nem máscaras.

Pedro Paixão
in Fica um pouco mais, O mundo é tudo o que acontece


[o amor.... o amor é um estúpido!]
Ora isto (com um bocadinho e de jeito e boa vontade) até podia ser encarado assim, 
é que caótica é primo do que eu sou, 
e uma total confusão também anda lá muito perto....
Concluo portanto que há quem não goste de aventuras...
Bom Dia!!

25 outubro 2013

Isto é a minha cara...
e podia ser aqui o header do tasco... porque é para isso que ele serve,
para albergar o que só me sai assim, por escrito.

Não dormi nadinha de jeito... deitei-me cedo e enrolei-me toda a noite com pesadelos.
queroooooo dormiiiiiirrrrr!!!!
Tenho de arranjar uma casa portátil - tipo esta - só que não dá para pendurar nas árvores... 
deve ser bom ser pássaro... 
será que sonham? 
ou que têm pesadelos? 
ou que sofrem de frustrações todos os dias? 
que têm medo de desiludir os outros e encararem-se a si mesmos no que não são, no que não têm e lhes falta irremediavelmente? 
será que têm medo do futuro, e se lembram do passado a cantar? 
será que cantam de felicidade, ou é a sua maneira de respirar o mundo que não vivem?
será que me lembrei disto tudo porque tu adoras o cantar dos pássaros?
será que eu queria ser pássaro?
Bom Dia.

23 outubro 2013

Boa Noite


"Sabes, dei por mim a pensar na importância dos factos passados - não do passado como um todo, mas de cada facto, de cada episódio, de cada período.

A verdade é que à medida que vais vivendo vais acumulando experiências e sensações, e o universo do que sabes, do que sentes e do que sentiste torna-se a cada dia maior.

E com isso, o peso, a relevância de cada episódio das tuas memórias diminui, proporcionalmente, de tamanho. A memória de um dia tem mais peso, se vista no contexto de uma semana, que no contexto de uma vida.

Mas os dias não são iguais e as memórias não são iguais. Há dias que recordarás sempre, que serão sempre enormes, por maior que seja o contexto. Há pessoas que recordarás sempre, e lugares, e cheiros, e sabores. Lembrar-te-ás sempre de momentos da tua infância, da tua adolescência, das aventuras com os amigos e as amigas e de achar, como acha cada nova geração, que tinham inventado a pólvora, a liberdade, o amor.

Há beijos que recordarás sempre. E corpos. E pessoas inteiras, ou partes delas, e sorrisos. Há sorrisos cuja memória dura uma vida.

Mas quanto mais vives e quanto maior é o que tens por dentro, menos pesa cada parte. O que cresce dentro de ti, o que continua a crescer dentro de ti, é o presente, é quem és hoje, é com quem estás, é o que fazes, é o que és, não o que foste.

Apenas isto cresce todos os dias - o resto vai progressivamente minguando, pontilhado aqui e ali pelas memórias que não fogem. Mas as memórias tornam-se estrelas no céu da noite - sempre visíveis, mas incapazes de te alumiar os passos.

No entanto ninguém apaga a memória. Podes cobri-la de nuvens, mas ela permanece, à espera de outros dias. Não a queiras reprimir. E se abrires os olhos verás de quem não a precisas de esconder.

Afinal o teu céu será sempre o teu céu e terá sempre as tuas estrelas, como o meu céu será sempre o meu céu e as estrelas dele serão as minhas. 
E havemos de construir memórias juntos, e algumas delas serão estrelas no teu céu, e no meu céu, e teremos em conjunto uma constelação pequena, ou uma galáxia, ou um universo de trazer por casa.

Mas galáxia alguma apaga o que já há - pode tirar-lhe o brilho, mas nem por haver lua cheia o céu se apaga de estrelas. Tu sabe-lo, e eu sei-o. E nas estrelas há memórias, e às vezes há lá sorrisos.

E se te falar, a ti que és a minha lua e tantas das minhas estrelas, se te falar de estrelas minhas quando nadarmos à noite, sabe que o faço pelos sorrisos e não só. Faço-o para que saibas, pelo mapa das minhas estrelas, os lugares onde estive. Não é o lugar onde estou - esse é ao teu lado, e no mar em que nadamos navega-se ao tacto e à vista, porque na verdade interessa menos onde estamos e onde vamos do que o facto de irmos juntos."


A falta e a saudade que eu tinha de falar por palavras, que não minhas, mas que dizem o que gostaria de dizer. Assim.

22 outubro 2013

...há ramos de margaridas tão difíceis de arranjar...
em vez disso dão-nos rosas, que ainda que lindas por cliché, 
não são as "minhas" flores, que têm alguma coisa de selvagem na força e doce no olhar.
Bom Dia!

21 outubro 2013

E depois não durmo, de tanto cansaço de não querer estar acordada. Cansada de tanto sentir, só sinto que não quero sentir nada. E para hoje só sonho não sonhar, dormir só. Descansar desta vida estúpida de sentir estupidamente.

20 outubro 2013

Está sol!! 
O dia começou-me com uma frase boa que ouvi da boca dum amigo que me é querido, que se afastou por eu me ter afastado de quem lhe é querido. Perguntei numa de brincadeira se ele também achava que eu tinha mau feitio... e a resposta parou-me o instante da realidade só um bocadinho: não tens bom feitio, mas tem outra coisa, tens muita dignidade.
E eu fiquei concerteza com cara de parva e a pensar naquilo, não sei porque o diz, mas apeteceu-me muito abraça-lo e dar beijinhos, mas fiquei só contente por dentro e a saber que quando me viu a primeira coisa que me disse era que sentia falta das nossas conversas, do debate de ideias, que tinha saudades, eu fiquei a sentir que o dizia sinceramente, a sentir mesmo emcima de todo aquele alcool que lhe saltava no corpo...
Está sol!!!
Bom Dia!



 
.......
Boa noite

19 outubro 2013


...apetecia-me continuar na ronha... 
O tempo convida a ronha e muito mimo, mas eu sou suspeita não preciso do convite do tempo para nenhuma das duas...
Bom dia!

Boa Noite
...gosto!!
...your name on the top of my tongue...

18 outubro 2013

...verdade!!!
e sem qualquer sentido de humor, e sempre prontos a provocar, e depois fazerem-se de vítimas...
jazuzzzz... ando a ficar farta de certa e determinada pessoa, por muito que o ache boa pessoa - que acho - começo a ficar sem pachorra para tanta estupidez... a sério!!!

tenho um dói-dói no joelho...
e no avesso do cotovelo, porque dor de cotovelo não se confessa
e no pescoço, e na orelha direita que já nem ouve direito
e no avesso da pele, por dentro do coração que já nem sabe bater e está mais que batido
tenho um dói-dói na boca inteira, por guardar tanta coisa e não guardar beijos suficientes
e nas pálpebras, e até no olhar que já não vê
e dói dói muito.
há cura?

17 outubro 2013

A melhor língua é a dos beijos.
É a língua que gosto de falar, é nessa língua que gosto de dizer que gosto, 
e a única língua em que oiço que me gostas.

Boa Noite


Estava abraçada ao chão. 
Acreditei que tinha morrido 
e que a morte era dizer um nome sem parar.

Alejandra Pizarnik

[um nome feito de quatro letras que se chama com cinco.]
 Finalmente encontrei a música, aquela que acho que é tão, mas tão, a minha música, e talvez hoje seja bem mais minha do que quando a ouvin pela primeira vez. O ritmo, a sonoridade, a letra, a voz. Tudo. 
Sempre adorei a música, hoje é mais eu ainda, hoje...

is it alright to breath now??
is it alright for me to breath now??
'Cause I can't hold it back much longer...
........
holding back the thought that you actually could be my eternity
......
Boa Noite

16 outubro 2013

...e porque há muito tempo que não havia disto aqui no tasco, aqui fica.
...e porque é preciso animar o dia e alegrar as vistas, aqui fica.
...porque gosto do sorriso, da barba e do cabelo, aqui fica.
...porque estou chateada e triste e desmotivada e desesperançada de tudo,
 e preciso de acreditar em coisas boas e bonitas e doces, como este moço parece na foto, aqui fica.
Porque a vida não é justa fica, aqui fica em vez de ao meu lado, ou à frente vá, para não ganhar torcicolo...
ehehehehhe
Bom Dia!!

15 outubro 2013

Toda a escolha tem um avesso, quer dizer, uma renúncia, 
não existe diferença entre o acto de escolher e o acto de renunciar.


Italo Calvino

[e eu há tanto tempo que digo isto... ]
... é só para me desorientar, né?
para me fazer sair do sério...
não há direito...
bahhhhh



Amo-te tanto que te não sei amar, amo tanto o teu corpo e o que em ti não é o teu corpo que não compreendo porque nos perdemos se a cada passo te encontro, se sempre ao beijar-te beijei mais do que a carne de que és feita, se o nosso casamento definhou de mocidade como outros de velhice, se depois de ti a minha solidão incha do teu cheiro, do entusiasmo dos teus projectos e do redondo das tuas nádegas, se sufoco da ternura de que não consigo falar, aqui neste momento, amor, me despeço e te chamo sabendo que não virás e desejando que venhas do mesmo modo que, como diz Molero, um cego espera os olhos que encomendou pelo correio.

António Lobo Antunes

Boa Noite

14 outubro 2013

..noite má, muito má.
...pesadelos que se nos prendem no corpo e por muito que se esperneie não saem.
nem com a música no caminho os conseguimos expulsar... não percebo porque não basta a realidade martirizar-nos ainda têm os sonhos de nos torturar... 
só ocupar a cabeça nos leva um pouco para longe de nós, isso e um sorriso doce de manhã, que ainda a dormir nos passa o bracito à volta do pescoço... 
por que é que a vida não pode ser maioritariamente assim? 
porque tem de ser ao contrário, ou melhor, por que é que a minha é??....
porque eu sei que não tem de ser, eu sei...

Bom Dia

13 outubro 2013


Uma fogueira é sempre uma celebração 
Entre o ar e outra matéria.

Vem. Vamos arder nos braços um do outro. 

Depois, as cinzas hão-de espalhar-se
Pela memória desta noite.

Joaquim Pessoa



[...vem. vem arder em mim comigo.]
Boa Noite

- Já alguém lhe disse hoje que é linda??
....
(porque é que eu me lembro destas coisas sem aviso nem razão???)

12 outubro 2013

Boa Noite


Temos a mesma pele,
descobri anos depois.
É isso que nos impele
a sermos um, sendo dois.
Amar é ter a mesma pele,

o resto vem depois.
(...)

Torquato da Luz


[não sei se temos a mesma pele, sei que sinto a minha pele na sua, que é no seu calor que me aqueço, que é naquele colo que sossego e nos seus braços que vivo. sei que amar é sermos dois e sentirmo-nos bem nessa unidade de pertença. sei que quando se ama não há depois da pele, nem antes da pele, há sentirmo-nos únicos e bem na nossa pele, com alguém com quem nos sentimos no mesmo mundo e que fala a mesma língua, mesmo que muda, principalmente se muda. sei que é amor, e tudo o resto vem depois.]

Boa Noite

11 outubro 2013

Há dias em que me apetecia ter idade para poder fazer isto.
Ter idade para fazer isto e sentir-me segura, mimada, querida, completa.
Como se todos os males fossem a boneca que deixei em casa e que quero agora para brincar, o balão que me escapou da mão e voou para as nuvens que não alcanço, ou só o beijo que saí de casa sem dar e que me dá saudades.
Quero agarrar-me e ser parte, e o choro calar-se por si e esquecer-se de mim.
Queria tanto ter idade para ser pequenina e de alguém.
Não se pode ser pequenino sem tamanho???

Bom Dia

10 outubro 2013

...depois dum dia destes
precisava dum banho destes.

Boa Noite

"Estavas de costas e eu toquei-te num ombro.

Demoraste três anos a voltar-te."

Joaquim Manuel Magalhães 



Não sei quem é que tocou quem no ombro, talvez fosses tu quem me tocou,
 mas és tu que demoras mais de três anos a voltar-te, 
ou a ver que me voltei para ti, ou simplesmente a ver-me.
Sim, acho que é isso: tu tocaste-me sem me ver, nem quando me voltei inteira para ti me viste. 
... porque me tocaste tu no ombro se nem agora me vês?

.... Tenho de começar a abrir janelas em vez de andar sempre a fechar portas. 
Fechá-las na cara de quem demonstra que me quer ver.
Por mim ninguém fecha nem abre coisa nenhuma, 
e passeiam-se entre portas e janelas, sem sequer memória que eu existo. 
É triste. 
E eu estou derreada, há dias em que o desespero, e o peso do passado, se concentra de tal forma que bastam fracções de segundo para durar todo um dia, toda uma noite e ainda o dia seguinte. 
Porra... também quero ir passear e ver janelas ou uma porra qualquer...