Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
28 abril 2013
I'm not here
This isn't happening
I'm not here, I'm not here....
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Música
27 abril 2013
26 abril 2013
25 abril 2013
Hoje dei por mim às voltas na cidade, de repente lembro-me deste dia há precisamente um ano - eu sentada à beira da janela a fumar um cigarro e tu a passares de carro na rua em frente a minha casa. Há um ano eras tu que andavas às voltas na cidade e me passavas à porta e me mandavas mensagens em que dizias que "hoje é dia para uma revolução." Lembrei-me. Engraçado, não é?
24 abril 2013
Não é por teres crista que podes cantar de galo, ou sequer parecer ser um.
Não é por teres piercings que és moderno, ou tolerante, ou menos preconceituoso, podes ser ainda mais quadrado que muito betinho...
Um carneiro é um carneiro, o tipo de carneiro que se é não se vê - nunca - por fora...
Bom Dia!!
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Bom Dia
23 abril 2013
21 abril 2013
Apanhei isto na net por aí, e o título é: 10 sinais que mostram que não está interessado... as coisas que uma pessoa aprende..... xiiiiiiii
( Isto faz-me tudo lembrar o quão estúpida sou, e o que é pior: em consciência, porque não é preciso ver escrito para saber, mas tem de certeza piada ver escrito quando não se quer ver o que se sabe...)
Acordei.
Afinal acordei - outra vez hoje, outra vez ontem. Abri os olhos para o mesmo vazio de sempre, a tentar estancar os soluços que os pesadelos não me deixam abandonar, quando os sonhos já me abandonaram há tanto, com a cabeça a estalar e nos ouvidos sempre a estalar "amei-te sempre muito", e então tudo estala, estilhaça em pequenos cacos que nem queremos remendar: queremos só fechar os olhos e deixar de existir para nós como não existimos para os outros.
Afinal acordei, um dia não acordarei, um dia não acordarei outra vez ontem, outra vez hoje, um dia as coisas farão sentido, um dia já terá tudo sido sentido, e eu não acordarei.
Bom Dia
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Bom Dia
20 abril 2013
Aqui, sentada às escuras à beira da janela, vejo a lua lá fora e a ti aqui dentro.
Vejo-te na sombra do luar na parede onde tu vias um grão de café, uns pulmões... Vícios, disse eu, que vi uma boca deitada e dois velhotes inclinados um para o outro - vícios, cada um com os seus, pensei eu...
E penso agora que tu estás sempre onde eu estou, mas eu nunca estou onde tu estás;
nem sequer a minha ausência está presente.
Boa noite
19 abril 2013
(...) Pedem tanto a quem ama: pedem
o amor. Ainda pedem
a solidão e a loucura.
Dizem: dá-nos a tua canção que sai da sombra fria.
E eles querem dizer: tu darás a tua existência
ardida, a pura mortalidade.
Herberto Helder
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Maçãs alheias
18 abril 2013
Sei que darei ao meu corpo os prazeres que ele me exigir. Vou usá-lo, desgastá-lo até ao limite suportável, para que a morte nada encontre de mim quando vier.
Al Berto
[aproveitar tudo a que temos direito, sugar a vida até ao tutano, quando a morte nos apanhar já tudo de bom foi gasto em nós, usado até quase perder a cor, até ficar puído de tanto uso, até nos cansarmos e querermos afinal o descanso de ter vivido em pleno: ter sentido até aos ossos, que nos sobreviverão, o bom e o mau.]
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Maçãs alheias
Fica, enquanto não fores, será sempre tempo de partires,
Por que queres tu que eu fique,
Porque é preciso,
Não é razão que me convença,
Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar,
Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto,
Não deitei tal, não disse uma palavra, não te toquei,
Olhaste-me por dentro.
José Saramago, in "Memorial do Convento".
[o encanto é olhar alguém por dentro, e esse alguém sentir-se, por dentro, olhado, tocado, amado]
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Maçãs alheias
17 abril 2013
No meu olhar perdi tudo.
É tão longe pedir. Tão perto saber que não há.
Alejandra Pizarnik
[tão perto que queima,
tão perto que corta,
tão perto que morre por dentro o pedir,
tão perto que alagando-o seca o olhar.
tão perto que sentir de longe o longe é esperança]
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Maçãs alheias
16 abril 2013
..tenho sonoooooo!!!
Estava tão quentinha, tão bem na cama, que raio tinha de me levantar??
Quero ronha e levantar-me só quando chegar de ronha e apetecer comer ao sol...
Bom Dia
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Bom Dia
15 abril 2013
Seguias de carro atrás de mim, ligaste-me para me dizer que estavas a pensar com os teus botões
"com esta mulher eu ia para qualquer lado... pensava eu nisto e começa a fazer a curva a direito..." - eu respondi que pronto, assim já tinha desculpa para não ir comigo a lado nenhum... E é isso, há sempre uma desculpa, sempre houve uma desculpa, para não ir comigo para lado nenhum, há sempre uma desculpa em todo lado para ti.
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Flashes
12 abril 2013
(...)
Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo,
e esse medo infantil de ter pequenas coragens.
Vinicius de Moraes
[a coragem face a grandes terrores,que aparece sem avisar, invade-nos, toma-nos as atitudes e acordamos depois como se tivessemos hibernado num canto de nós enquanto alguma alma superior tomou conta de nós e das ocorrências. Nunca sabemos como tivemos coragem. E o medo que nos afugenta as pequenas coragens que nos mudam as miudezas da vida, ou que não nos deixam mudar nada, tal o medo das pequenas mudanças que podemos contornar e acomodar como se não mudássemos nada: e quando vamos a ver nada está na mesma, mas nada foi consciente e fruto duma qualquer decisão; é uma verdade que nos vai conquistando como quem invade o quintal do vizinho: pela calada e de mansinho. Estas miudezas de coragem parecem aterrorizar mais do que o terror de viver sem vida nenhuma. O cair uma e outra vez na desilusão. Não ter outro remédio senão levantarmo-nos para mais umas chapadas: é uma questão de tempo, e cada vez que nos levantamos sabemos que voltaremos a cair, e levantamo-nos para continuar a circular o labirinto, sem nunca perceber que o labirinto somos nós.]
Parece que hoje há sol...vamos dar um passeio??
Levas-me no bolso?
Eu não peso, não faço barulho e ainda te aqueço...
Leva-me, anda, quero ir no teu bolso, já que não te caibo no coração.
Bom Dia!
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Bom Dia,
Tonta...
11 abril 2013
- Ahhhhh...'tás muito gira hoje!!!!!
- Sim!!! fui ao cabeleireiro, virei as pontas para fora, vês???
Sempre que vou ao cabeleireiro a minha auto-estima supera-se, vês pelo meu sorriso parvo??
ahahahhaha
Bom Dia!
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Bom Dia,
Tonta...
10 abril 2013
Vi isto e pensei que era aqui que me apetecia - um dia destes, um fim de semana destes - tomar o pequeno almoço ao meio dia: com a luz a iluminar tudo, com a vida a sentir-se além da flor da pele, mas também à flor da pele, ali à mão de semear, de colher numa festa que se encontra por acaso na pele do outro, pelo peso da ternura nas pestanas que nos faz baixar os olhos e abrir um sorriso desabrido, pelo mel que se traz no olhar para ser colhido por quem se olha... depois percebi -caiu-me como um raio que fulmina e arrasa tudo a cinzas - que há coisas que já nem pertencem à categoria de sonhos, mas só à de miragens, piscamos os olhos duas vezes, atentamos melhor, e vemos que não está lá nada, nem vale a pena caminhar nessa direcção, não está lá nada, nós não estamos, nem nunca estaremos lá. Ainda que um dia possa ir precisamente a este sítio, sentar-me até nesta mesa, nunca o que eu vi quando vi esta fotografia, nunca isso deixará de ser uma miragem, e das que doem.
Ainda que um dia eu vá, nunca chegarei onde queria ir.
O destino às vezes não é um lugar,
é uma memória que fabricámos num futuro que não existe.
Às vezes o destino é uma miragem.
05 abril 2013
Quantas vezes te esperei neste lugar
quantas vezes pensei que não chegavas
quantas vezes senti a rebentar
o coração se ao longe te avistava.Quantas vezes depois de teres chegado
nos colámos no beijo que tardava
quantas vezes trementes e calados
nos entregámos logo sem palavras.
Quantas vezes te quis e te inventei
quantas vezes morri e já não sei.
Torquato da Luz
Os sonhos numa mão, o passado na outra, os dois olhos no futuro.
Com o caminho vamos deixando pesos para trás - uns largam primeiro os sonhos, outros, para manterem as mãos livres para agarrar os sonhos, vão largando pedaços de passado que atrasam e prendem; fica só o que se aprendeu, para usar no caminho, para escolher o que melhor chega aos sonhos,
mesmo que estes nunca cheguem à vida.
E a nossa vida pareça nunca chegar.
Bom Dia
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Bom Dia
03 abril 2013
(...)
Ah, meu amigo
Que límpida paixão
Que divina vontade
Fervor feito de lava
Fogo sobre a tua fronte
Tanto amor
E não te deram nada.
Que límpida paixão
Que divina vontade
Fervor feito de lava
Fogo sobre a tua fronte
Tanto amor
E não te deram nada.
(...)
Hilda Hilst, Poemas aos Homens do Nosso Tempo
[Quantas vezes tudo se resume a nada,
e os nadas a tudo?
Quantas vezes queima o fogo
e quantas acalenta?
Quantas vezes corta o gelo
e quantas nos refresca?
e quantas nos alimentamos de silêncio?
Quantas vezes me silencias do teu amor
e quantas mo sussurras?
Quantas vezes me foges
e quantas te entregas?
Quantas vezes nos repetimos
e quantas vezes nos voltaremos a repetir?
Quantas repetições fazem os nadas, que fazem o tudo,
diluir-se no tudo chegar a nada?]
"A tua beleza aumenta quando estamos sós,
e tão fundo, intimamente,
a tua voz segue o mais secreto bailar do meu sonho
que momentos há em que eu suponho seres um milagre criado só para mim".
Sophia de Mello Breyner
[...se ao menos eu acreditasse em milagres e te supusesse só meu...
tudo o resto é a mais milagrosa das verdades, ainda que amargamente doce... ]
[...se ao menos eu acreditasse em milagres e te supusesse só meu...
tudo o resto é a mais milagrosa das verdades, ainda que amargamente doce... ]
O que eu já me ri com esta notícia!!! É assim mesmo!! És cá dos meus, diz o que há para dizer, sem espinhas, e se houver, que as engulam!!
Com garra, com espinha e com raça - gosto deste homem! mesmo que às vezes um bocadinho arrogante além da minha conta, perdoo-lhe pelo resto todo.
E tão lindinho que ele continua!!
Por que raio os homens com a idade ganham charme e as mulheres rugas ou cu, ou os dois??
Ahhhh Mourinho que não apanhavas chuva no meu quintal, não!!!
Bom Dia!!
02 abril 2013
Gosto das palavras frágeis como gosto de ti
e a verdade é que também é frágil a minha forma de gostar-te.
Tudo o que me chega de ti, palavras, beijos, luzes, injustiças,
traz essa fragilidade das dunas que lembram o teu corpo
e esse código antigo decerto herdado da primavera,antes mesmo de haver um tempo de celebração das flores.
Por vezes gostava de ser tu. Ser frágil e usar anéis
com as pedras raras da esperança, as insondáveis pedras
dos dias que hão-de vir. Mas vivo o exílio destes dias repetidos
sobre a efemeridade da pele, vogando como cisnes moribundos
em busca de uma última revelação, talvez a melodia tão pura
que possa transformar em pão não só as nossas rosas
mas também a própria liberdade.
E é por isso que amo
as palavras frágeis, essas palavras nuas que me ofereces
e que são, assim, de tão frágeis, a minha imensa força
e o meu fatal deslumbramento.
Joaquim Pessoa
[gosto de palavras nuas - frágeis ou não - são puras, sem subterfúgios. Podem magoar, e podem curar todos os males. as tuas costumam ter esses efeitos: magoam, magoam muito, porque são cruas, porque mas ofereces nuas sujeitas às intempéries da vida que me vais dando, mas depois, depois, também me sabes entregar palavras nuas cheias de carinho, de ternura, de mimo - e muitas vezes entregas-mas em silêncio, não são menos despidas por isso, nem mais cruas, são apenas a tua maneira de me falar muitas vezes de doçura, e eu gosto; como também gosto quando são palavras de corpo inteiro que guardo e velo dias a fio, para que, quando me serves nua a crueldade da vida, as possa ter intactas: para me lembrar delas e ouvi-las, e sabê-las de novo, e outra vez. Nuas, sempre nuas, porque é assim que vimos ao mundo, é assim que todos somos debaixo das nossas máscaras, é o que somos, é o que é, não vale pena enfeitar vestindo, porque um dia temos de nos despir, um dia temos de nos encontrar e ver ao espelho - nús perante a nossa verdade.]
01 abril 2013
...Há pessoas que ficam tão contentinhas, tão contentinhas,
que só lhes falta sair um espectáculo de pirotecnia pelo cuzinho...
ffffhhhhhh pummm fhhhhhh pummmmm
tudo muito "inho", claro... tanto alardezinho que dão a tudo...
que só lhes falta sair um espectáculo de pirotecnia pelo cuzinho...
ffffhhhhhh pummm fhhhhhh pummmmm
tudo muito "inho", claro... tanto alardezinho que dão a tudo...
...que felicidadezinha boa... com foguetinhos pelo cú acima e tudo... quer dizer abaixo, abaixo...
(pronto, era só isto, eu sei que sou má, é por isso que a minha vida é o que é, paciência...
...sempre me rio sozinha....
a emissão retoma dentro de momentos...)
...sempre me rio sozinha....
a emissão retoma dentro de momentos...)
Acordei a meio da noite e só pensava "onde está o meu descanso?", onde raio deixei eu o descanso, a tranquilidade, o bem-estar? O sentir-me bem?, parece que os descalcei para entrar nesta sagrada casa de doidos em que vagueio, donde ainda não saí, e donde sei que não vou sair pela mesma porta; não vou voltar a apanhar os meus sapatos antigos à entrada - vou sair por outra porta, ou por uma janela, ou pelo telhado, descalça. Resta saber que chão terei de pisar de pés nús, olhos no chão e coração desfeito. Sairei desta casa mais completa e mais vazia, a saber mais de amor e de desamor, cheia de um amor maior e esmagada por um desamor ainda maior e mais pesado. Não saio igual, mas não saio mais à frente na vida, apenas com mais tempo nos olhos, na pele e na desesperança. Terei de voltar a encontrar uns sapatos que me sirvam, que sejam o meu número, que sejam confortáveis, que me deixem caminhar sem magoar demasiado os pés, para levantar os olhos do chão e deixar de pensar com o coração, que precisa de descanso.
31 março 2013
30 março 2013
29 março 2013
28 março 2013
É tão natural
que eu te possua
é tão natural que tu me tenhas,
que eu não me compreendo
um tempo houvesseem que eu não te possuísse
ou possa haver um outro
em que eu não te tomaria.
Venhas como venhas,
é tão natural que a vida
em nossos corpos se conflua,
que eu já não me consinto
que de mim tu te abstenhas
ou que meu corpo te recuse
venhas quando venhas.
E de ser tão natural
que eu me extasie
ao contemplar-te,
e de ser tão natural
que eu te possua,
em mim já não há como extasiar-me
tanto a minha forma
se integrou na forma tua.
Affonso Romano
[sim, é tão natural que me tenhas, que eu te tenha, que parece não ter havido tempo antes disso - como se isso fosse a eternidade, como se o presente fosse a eternidade na memória teimosa. O tempo parece antes de ti não ter existido como o absurdo mais natural do mundo. antes de ti nada, e no entanto, a cada esquina do tempo que se dobra, há a sombra da tua ausência, há o vento que assobia o regresso do tempo absurdo, que nunca parece ter acontecido, de não me tomares e de eu não te ter. é o absurdo do antes tornar-se o meu futuro. absurdo. outra vez e sempre. o absurdo do tempo nunca ter existido antes de ti e voltar a não existir no futuro. como é que se tem um futuro num tempo que não existe? absurdo.]
27 março 2013
aparar-lhe as unhas não serve de nada".
Saramago
[primeiro tenta-se domesticar o dragão, vamos-lhe aparando as unhas para arranhar menos, com o tempo percebemos que os dragões têm uma natureza diferente da nossa, por muito que lhes aparemos as unhas, serão sempre dragões - se os queremos liquidar só cortando-lhes a cabeça. Depois ficamos a pensar se o queremos matar mesmo, ou se isso nos mata também em vez de nos aparar as unhas.]
[primeiro tenta-se domesticar o dragão, vamos-lhe aparando as unhas para arranhar menos, com o tempo percebemos que os dragões têm uma natureza diferente da nossa, por muito que lhes aparemos as unhas, serão sempre dragões - se os queremos liquidar só cortando-lhes a cabeça. Depois ficamos a pensar se o queremos matar mesmo, ou se isso nos mata também em vez de nos aparar as unhas.]
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Maçãs alheias
26 março 2013
Há dias em que me apetece fugir,
outras em que me apetece deixar que o fim me apanhe...
acho que não há muita diferença, se é que há alguma...
ando a ficar muito cansada de tudo...
preciso de férias de mim e dos dias.
Bom Dia!
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Tonta...
25 março 2013
... eu diria que é principalmente quando estamos zangados - essa é a diferença para quando se ama.
Cuidar, tratar bem, pessoas que de alguma forma nos são próximas a alguma altura da vida (ou até não sendo próximas), e que nos deixam bem dispostas e alegres - amigos de copos e confusões- é fácil,
mas só se cuida quando estamos zangados quando amamos.
E isso é que é lindo (como diz o outro)...
24 março 2013
ODE AO AMOR.
Ainda em desamor, tempo de amor será.
Seu tempo e contratempo.
Nascendo espesso como um arvoredo
E como tudo que nasce, morrendo
À medida que o tempo nos desgasta.
Amor, o que renasce.
Hilda Hilst
[Nunca tinha pensado nisso, mas é verdade: o desamor é ainda amor - é a falta dele, havendo-o em modo unilateral, havendo-o onde é sentido: do outro lado. Não havendo amor também desamor não há. É o lado em que não sentem. Nada, nada do amor que irradia - a sentir - apenas o calor de quem o tem e não consegue deixar de entragar. Não sentem de dentro, mas de fora porque alguém o sente de dentro.]
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